quinta-feira, 26 de julho de 2012

Retinas Cinza


Sim estão tristes, sozinhos cansados... Retinas cinzas! Cansados de encantar-se pelas sete cores do arco-íris e sua aliança vã... Sete cores inalcançáveis...
Fuligem, fumaça... Quem pode parar esse trem? A casa de cerquinha branca que passou, o bosque de frondosas árvores... O trem não para... Contemplação, sorriso e... Despedida!
Espera, encontro e... Despedida... Agora são só casinhas, casinhas que eu não morarei... Lagos em que não pousarei os pés...
–Olá!
-Adeus!
Trem que caminha depressa, mas que pressa! Não sou eu que o dirijo... Assim o fosse já seria ruína, parado numa estação pintado das cores que eu quisesse. Casebre pitoresco para a imaginação infantil...
Mas ele que me leva... Que escolha tenho eu? Pular por onde? Pular para onde?
-Retinas cinzas é o que resta, elas e o brilho da estrelas que do alto contemplam todos as estações onde eu quis mas não pude parar...http://letras.mus.br/lenine/47000/