quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Para não dizer que não falei das flores...

                -Quem inventou o amor? Explica por favor! Cantava Russo.
                Eu que quase não o vi cantar fico me perguntando: será que ele chegou à outra vida antes ou após achar para esta questão uma RESPOSTA.  E sendo assim, que me perdoem Camões e Vinícius que teceram vários significados na tentativa explicá-la. Perdoe-me até mesmo o meu Amado Chico que insistiu interrogando -O que será? Que será? Mas não se enganem caros amigos, embora seja complexa esta questão há formas bem simples de lhe elucidar.
Semente: definição que talvez não defina, mas sugira quase que fielmente de que se trata o amor! -É sim semente! Jogada ao solo dada a morte para o renascimento, rendida a transformação de morrer ao entregar-se a terra para então renascer... E renascer, frutificando, florificando, sombreando... Tendo todas as formas, todas as cores, e cheiros dos amores que tivemos... Duradouros e serenos, arrebatadores e passageiros, inocentes ou eróticos. É a semente a mãe primeira de todas essas nuances vindouras... 
Olhe bem para você mesmo, que nada mais é de que uma semente, fruto do amor de seus pais brotada do ventre da sua mãe... Semente é você, e amor que sente... Mas o que nasce? O que vem depois da semente? O que é que ela é? O que brota da semente que é o amor é algo intrínseco a ela: a relação. –Já explico!
Pensemos na mãe ser que nasceu para amar seu filho, correto? –Sim. A sua mãe, a mãe do seu amigo, a mãe da sua mãe... Mas e a mãe daquele menor abandonado que acabou de passar na TV? E a mãe daquele filho espancado que você viu no noticiário. Teoricamente todas são amor...Mas o que as diferencia é a relação para com seus filhos... Ah a relação, é isso que faz a semente virar árvore, o tipo de árvore que virá a ser. Vistosa ou seca o que a determina é cuidado, aquilo que é empregado a cada dia no tratar da semente...

E toda semente de amor existe com um potencial infinito de vir a ser uma bela árvore, que se efetiva se e somente se (como diriam os sábios matemáticos) for amado, cuidado, nutrido, podado para que possa então tornar-se o que é! 

E não nos enganemos, não é o amor uma fonte inesgotável, da qual se pode despreocupadamente usar e abusar. O amor é flor, planta e como tal necessita de entrega e zê-lo para que assim dê frutos que saciem nossas urgências e esperas, sombra para os momentos de sol escaldante, proteção para qualquer tempestade, flores que enfeitam nossa vida... Flores, diferentes das de plástico que ainda que não morram jamais, nunca nem por um dia sequer serão flores de amor.




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